Referência: Lucas 15.25-32
INTRODUÇÃO : 1. Jesus contou três parábolas sobre a alegria do encontro
a) A ovelha perdida que foi encontrada – O pastor chama a todos para se alegrarem.
b) A moeda perdida que foi encontrada – A mulher chama seus vizinhos para se alegrarem.
c) O filho perdido que voltou para casa – O pai oferece uma festa e se alegra. Nessas três parábolas a única pessoa que não está alegria e feliz é o irmão mais velho do pródigo.
2. No meio dessa festa do encontro, do resgate, da salvação há uma voz que destoa.
O filho mais velho está triste, porque o Pai recebeu o filho pródigo com alegria.
O filho mais velho está irado, porque o Pai é misericordioso.
O filho mais velho está do lado de fora, enquanto o filho pródigo está dentro da Casa do Pai.
3. O perigo de se estar na Casa do Pai, dentro da Igreja e ainda assim estar perdido. (Síndrome do irmão mais velho)
Esse filho representou os escribas e fariseus que se consideravam santos e desprezavam os outros.
Esse filho representa aqueles que estão dentro da igreja, obedecendo a leis, cumprindo deveres, sem se enveredar pelos antros do pecado, pelos corredores escuros do mundo e ainda assim, estão perdidos.
Ilustração: O jovem rico – criado na sinagoga, cumpria os mandamentos, mas estava perdido.
I. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS DESOBEDECE OS DOIS PRINCIPAIS MANDAMENTOS
Jesus ensinou que os dois principais mandamentos da lei são amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Esse filho quebrou esses dois mandamentos: ele nem amou Deus, representado pelo Pai e nem o seu irmão.
Ele não perdoou o Pai por haver recebido o filho pródigo, nem perdoou o irmão pelos seus erros.
Há pessoas que estão na igreja, mas não têm amor por Deus nem pelos perdidos. Estão na igreja, mas não amam os irmãos.
II. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS ESTÁ CONFIADO NA SUA PRÓPRIA JUSTIÇA.
Ele era veloz para ver o pecado do seu irmão, mas não enxergava os seus próprios pecados. Ele era cáustico para condenar o irmão, enquanto via-se a si mesmo como o padrão da obediência.
Os fariseus definiam pecado em termos de ações exteriores e não atitudes íntimas. Eles eram orgulhosos de si mesmos. Como o profeta Jonas, esse filho mais velho obedecia ao Pai, mas não de coração. Ele trabalhava com intensidade, mas não por amor.
III. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS NÃO É LIVRE.
Ele não vive como livre, mas como escravo. Sua religião é rígida. Ele obedece por medo ou para receber elogios. Faz as coisas certas com a motivação errada. Sua obediência não provém do coração.
Ele anda como um escravo (v. 29). O verbo é douleo = servir como escravo. Ele nunca entendeu o que é ser filho. Nunca usufruiu nem se deleitou no amor do Pai.
Ser crente para ele é um peso, um fardo, uma obrigação pesada. Ele vive sufocado, gemendo como um escravo.
Está na igreja, mas não tem prazer. Obedece, mas não com alegria. Está na Casa do Pai, mas vive como escravo.
IV. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS ESTÁ COM O CORAÇÃO CHEIO DE AMARGURA.
1. Complexo de santidade X Rejeita os marginalizados – v. 29,30
Ele estava escorado orgulhosamente em sua religiosidade, arrotando uma santarronice discriminatória. Só ele presta; o pai e o irmão estão debaixo de suas acusações mais veementes.
Sua mágoa começa a vazar. Para ele quem erra não tem chance de se recuperar. No seu vocabulário não tem a palavra perdão. Na sua religião não existe a oportunidade de restauração.
2. Sente-se injustiçado pelo pai
Acusa o pai de ser injusto com ele, só porque perdoou o irmão. Na religião dele não havia espaço para a misericórdia, perdão e restauração.
Ele se achava mais merecedor que o outro. Sua religião estava fundamentada no mérito pessoal e não na graça. É a religião da lei, do legalismo e não graça nem da fé que opera pelo amor.
3. Ele não perdoa nem restaura o relacionamento com o irmão – v. 30
Ele não se refere ao pródigo como irmão, mas diz: “Esse teu filho”.
A Bíblia diz que “quem não ama a seu irmão até agora está nas trevas”.
Ele desconhece o amor. Ele vive mergulhado no ressentimento. Ele vê seu irmão como um rival.
4. O ódio que ele sente pelo irmão não é menos grave que o pecado de dissolução que o pródigo cometeu fora da igreja – Gl 5.19-21
A bíblia fala sobre três pecados na área da imoralidade e usa nove na área de mágoa, ressentimentos, ira.
A falta de amor é um pecado tão grave como o pecado da vida imoral e dissoluta.
5. O ressentimento o isolou do Pai e do irmão
Quando uma pessoa guarda ressentimento no coração pelo irmão que falhou, perde também a comunhão com o Pai. Ele diz para o Pai: “Esse teu filho”. Mas o Pai o corrige e diz-lhe: “Esse teu irmão” (v. 30,31).
V. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS NÃO SE SENTE DONO DO QUE É DO PAI – V. 31
- Ele era rico, mas estava vivendo na miséria. Muitos hoje estão vivendo um cristianismo pobre. Vivem sem alegria, sem banquete, sem festa na alma, trabalhando, servindo, mas sem alegria;
Esse filho não tem nenhum proveito na herança do Pai. Ele nunca fez uma festa. Nunca celebrou com seus amigos. Nem sequer um cabrito, ele comeu. Ele nunca saboreou as riquezas do Pai.
Ele não tem comunhão com o Pai: É como Absalão, está em Jerusalém, mas não pode ver a face do Rei.
Ele está na igreja por obrigação. Ele não toma posse do que é seu.
Ilustração: o homem que fez um cruzeiro de Navio e levou o seu lanche. Vendo as pessoas comendo os pratos mais deliciosos, guardou dinheiro para comer uma boa refeição no último dia. Só então ficou sabendo que todos aqueles banquetes já estavam incluídos.
CONCLUSÃO: O mesmo Pai que saiu ao encontro do filho pródigo para abraça-lo, sai para conciliar este filho (v. 31).
O remédio para esse filho era o mesmo para o outro: confessar o seu pecado.
Mas ele ficou do lado de fora. Agora perdido dentro da Casa do Pai.
Não fique do lado de fora. Venha e desfrute da festa que Deus preparou!!!
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