O sofrimento físico de Jesus foi intenso. Começou quando o
açoitaram com um chicote que, literalmente, arrancou tiras de sua pele e fez
cortes profundos em Suas costas. Em seguida, cravaram-lhe uma coroa de espinhos
em sua cabeça. Os espinhos afiados rasgaram-lhe a fronte, e sangue escorria por
seu rosto. Cuspiram nele. Em seguida, fizeram-no carregar sua própria cruz
pelas ruas de Jerusalém, até o local da execução chamado Calvário. Por fim,
grandes cravos atravessaram-lhe os pés e parte inferior de suas mãos, na junção
da palma e do punho. Assim, Ele foi pregado na cruz. A Bíblia diz: “Seu rosto
[Sua aparência] estava tão desfigurado, [tão terrivelmente mudado] mais do que
qualquer homem, e a sua figura mais do que os filhos dos homens [desfigurado
além da semelhança humana]” (Isaías 52:14).
Cortes foram abertos em seu escalpo. O sangue escorria pelo
rosto e pescoço. Seus olhos quase fechados pelo inchaço. Seu nariz e osso do
rosto provavelmente quebrados. Seus lábios dilacerados e sangrando. Seria difícil
reconhecê-lo.
No entanto, isso era exatamente o que o profeta Isaías havia
profetizado do Servo sofredor,
A zombaria e o cuspir no rosto também foram pelo profeta
preditos: "Ofereci as minhas costas aos que me batiam e o rosto aos que
arrancavam a minha barba. Não tentei me esconder quando me xingavam e cuspiam
no meu rosto." (Isaías 50: 6).
Jesus é ali crucificado, seu sangue sendo derramado.
Ali, pendurado na cruz, Ele profere sete palavras. E eu gostaria que pensássemos
sobre essas sete últimas palavras de Jesus na cruz.
I. A primeira palavra - perdão. - “E, quando chegaram ao lugar, chamado “A Caveira”,
ali crucificaram Jesus e junto com ele os dois malfeitores, um à sua direita e
outro à sua esquerda. Então disse Jesus: Pai,
perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:33-34).
Essa é a razão pela qual Jesus
foi à cruz - para perdoar nosso pecado. O Novo Testamento ensina que Ele
deliberadamente permitiu-se ser crucificado para pagar pelo seu e pelo meu pecado.
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados,
o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus” (I Pedro 3:18).
Pendurado na cruz Jesus orou: "Pai,
perdoa-lhes". Deus respondeu a Sua oração. Cada pessoa que confia
plenamente em Jesus é perdoada. Sua morte na cruz paga a pena pelo seu pecado.
Seu Sangue lava seus pecados.
II. A segunda palavra -
salvação. - Dois ladrões foram crucificados, um de cada lado de
Jesus.
“E um dos malfeitores que estavam pendurados
blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. Mas o
outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma
condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo pelos os
nossos atos; mas este não tem feito nada de mal. E disse a Jesus: Senhor,
lembra de mim quando entrares no teu reino. E disse-lhe
Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas
23:39-43).
A conversão daquele segundo
ladrão é algo muito revelador. Ela nos mostra que:
·
A salvação não é pelo batismo ou afiliação à uma
igreja - o ladrão não fez nenhuma dessas duas coisas.
·
2. A
salvação não é uma boa sensação - o ladrão só tinha maus sentimentos - ele
estava ali crucificado, como também sob convicção de pecado.
·
3. A
salvação não vem através de ir a frente ou levantar a mão - suas mãos estavam
pregadas a uma cruz, assim como também seus pés.
·
4. A
salvação não vem por "convidar Jesus para entrar em seu coração." O
ladrão teria ficado surpreso se alguém lhe houvesse dito que fizesse isso!
·
5. A
salvação não vem através de repetir a "oração do pecador". O ladrão
não fez essa oração. Ele só pediu a Jesus que se lembrasse dele.
·
6. A salvação não vem através de mudar a maneira
como você vive. O ladrão não teve tempo para fazer isso.
Esse ladrão foi salvo da mesma forma que você deve
ser salvo: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo” (Atos 16:31).
III. A terceira palavra – afeição. “E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de
sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, vendo ali sua mãe,
e que o discípulo a quem ele amava, disse à sua
mãe: Mulher,
eis aí o teu filho! Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe!
E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (João 19:25-27).
Jesus disse a João que cuidasse
de sua mãe. A vida cristã não se resume apenas em ser salvo. Você precisa ser
cuidado. Cristo entregou sua querida mãe ao apóstolo João. Ele entrega você aos cuidados da igreja
local. Ninguém pode seguir na vida cristã sem o cuidado e carinho da
igreja local. Essa é uma verdade muitas vezes esquecida em nossos dias. “E o Senhor acrescentava à
igreja [em Jerusalém] diariamente os que, se haviam de salvar” (Atos 2:47).
IV. A quarta palavra - Substituta. - “E, desde a hora sexta, houve trevas sobre toda a
terra até a hora nona. E perto da hora nona exclamou
Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? isto é, Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27: 45-46).
Este grito angustiado de Jesus
mostra a realidade da humanidade ante a Divindade Santa. O Deus Pai virou-se,
no momento em que o Deus Filho carregou seus pecados na cruz, Ele fala por nós,
o momento da reconciliação. A Bíblia diz: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, homem” (I Timóteo 2:5).
V. A quinta palavra -
sofrimento. - “Depois, sabendo Jesus que
todas as coisas já estavam consumadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede. Estava, pois, ali um vaso cheio de
vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram
à boca” (João 19:28-29).
Este versículo nos mostra o
grande sofrimento que Jesus passou para pagar pelos nossos pecados: “Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades”
(Isaías 53:5).
VI. A sexta palavra -
expiação. - “Quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado”
(João 19:30).
Muito do que eu disse até agora
poderia ter sido dito por um padre católico. Mas nesta sexta palavra paira a
Reforma Protestante, assim como a fé dos crentes através dos tempos. Jesus
disse: "Está
consumado".
Estava Jesus correto ao dizer:
"Está consumado"? A Igreja Católica diz: "não". Eles dizem Ele deve ser crucificado e oferecido de
novo em cada Missa. A Bíblia, todavia, diz que essa prática é errada.
“Nós somos santificados pela oblação do corpo de
Jesus Cristo feita uma vez por
todas” (Hebreus 10:10).
“Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre
os que são santificados” (Hebreus 10:14).
“E todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e
oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados:
Mas este homem [Jesus], havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados
para sempre, assentou-se à direita de Deus” (Hebreus 10: 11-12).
Jesus pagou a plena expiação
pelos nossos pecados, de uma vez por todas, na cruz.
VII. A sétima palavra - compromisso
com Deus. - “E Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito; e, havendo dito isto, ele entregou o
espírito” (Lucas 23:46).
Jesus demonstrou seu compromisso
total a Deus Pai em sua última declaração antes da morte. Como Spurgeon apontou, isso reflete as
primeiras palavras registradas de Jesus, "Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?"
(Lucas 2:49). Do começo ao fim, Jesus fez a vontade de Deus.
- Um dos rudes centuriões que
pregaram Jesus na Cruz ficou ouvindo estas sete palavras. O centurião tinha
presenciado muitas crucificações, mas nunca havia visto alguém morrer da
maneira que Jesus morreu, pregando um sermão maravilhoso ao verter seu sangue.
“Quando o centurião viu o que acontecera, deu glória
a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo” (Lucas 23:47). Aquele
centurião pensou um pouco mais sobre Jesus, e então ele disse, “Verdadeiramente este homem
era o Filho de Deus” (Marcos 15:39).
Ele é o Filho de Deus! Ele
ressuscitou – vivo, fisicamente - dentre os mortos. Ele ascendeu ao céu. Ele
está assentado à direita de Deus. “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo”
(Atos 16:31).
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